Quarta do Tambor foi sucesso na Praia Grande

Vários grupos de tambor de crioula se apresentaram na Casa do Tambor

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Tambor de Criola na Casa do Tambor
Tambor de Criola na Casa do Tambor - Matheus Facas
25/05/2023

Os grupos de tambor de crioula Arte Nossa, Fé em Deus, Milagre de São Benedito, Mestre Felipe e Maracrioula, se apresentaram ontem, em mais uma edição da Quarta do Tambor, que acontece semanalmente, a partir das 17h, na Casa do Tambor de Crioula, na Rua da Estrela, Praia Grande. 

Com suas danças e ritmos, os grupos começaram a se apresentar às 17h , e o último grupo entrou na roda às 19h. Para o público que assistiu aos espetáculos, foram grandes apresentações. 

“É muito bonito ver essa cultura maranhense, ver que os grupos estão resistindo ao tempo, e que novas pessoas vão aparecendo e participando”, disse a professora de História, Cláudia Barros. Outra que estava presente foi a estudante Ana Célia Costa. Foi a primeira vez que ela viu uma apresentação de tambor de crioula. “Muito bonito. Principalmente as senhoras que dançam”, disse, se referindo às coreiras. 

A Quarta do Tambor é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura (Secma), e tem em sua programação rodas de tambor, realização de oficinas, rodas de conversa, seminários, entre outras atividades. Todas as quartas-feiras tem grupo se apresentando no pátio interno, a partir das 17h. 

De acordo com Neto de Azile, gestor da Casa do Tambor, esse projeto   demonstra a força cultural que a manifestação tem.

“O que a gente percebe é que há um comportamento singular de quando esses grupos vem se apresentar na casa, é a sensação de você estar fazendo a festa na sua casa para seus convidados. Há um sentimento de empoderamento incrível, de transcendência tradicional, há um reconhecimento, uma identificação entre o espaço e a prática nesse diálogo simbólico entre modernidade e a tradicionalidade. Então, a casa também  carrega isso. Essa sua arquitetura moderna, interna, obedecendo aos padrões do tombamento, mas recebe prática cultura tradicional. E esse diálogo entre a modernidade e a tradição constrói alternativas para fortalecimento da prática”, assegurou o gestor da Casa. 

O tambor de crioula, reconhecido como patrimônio cultural e imaterial, no ano de 2007, tem uma peculiaridade, é uma manifestação atemporal que se apresenta o ano todo, com maior predominância durante o período carnavalesco e junino. Mas durante o ano todo o público vai poder conferir as apresentações às quartas-feiras.

“A Quarta do Tambor é uma prova de que essa resistência cultural precisa ter novamente seu espaço. A Casa do Tambor é um equipamento que vai além de um espaço físico museológico, é espaço de troca, de vivências, de saberes, de transmissão de cultura”, disse o secretário de Estado da Cultura, Yuri Arruda. 

 

Espaço de vivência e experiência

Fundada em julho de 2018, a Casa é um espaço de vivência e de experiência para visitantes, fazedores, sociedade em geral. A principal função da Casa do Tambor de Crioula, que também é um espaço museológico, mas se configura de fato como um equipamento de permitir e proporcionar a continuidade e fortalecimento da prática do tambor de  crioula, é a principal estratégia deste fortalecimento e deste processo de continuidade. 

É um equipamento do governo do Estado do Maranhão mantido e administrado pela Secretaria de Estado de Cultura. O prédio foi reformado pelo Iphan, mas a sua estrutura é pertencente ao Estado. 

 

Redação: Patricia Cunha (Ascom/Secma)